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Os nossos estudos

Estudo 1 - Avaliação do impacto do programa de intervenção

O programa de intervenção consistiu em 12 sessões (psicoeducação, artes visuais, cinema, música e teatro) realizadas ao longo de quatro dias consecutivos.


A avaliação do programa foi realizada através de um estudo misto dividido em 2 fases:

(1) Avaliação quantitativa sobre os efeitos do programa na literacia em saúde mental (conhecimentos sobre problemas de saúde mental e estigma associado), ansiedade intergrupal (emoções em relação a pessoas com problemas de saúde mental), distância social (desejo de manter distância de pessoas com problemas de saúde mental) e estigma social (atitudes em relação a pessoas com problemas de saúde mental);

(2) Avaliação qualitativa sobre as perspetivas e satisfação dos participantes.

Após o recrutamento, os participantes foram aleatoriamente divididos em 8 grupos (i.e., quatro grupos de
intervenção e quatro grupos de controlo). Os grupos de intervenção participaram nas 12 sessões do
programa.

Os questionários foram aplicados a todos os participantes, tanto nos grupos de controlo como nos grupos de intervenção, em 3 momentos: uma semana antes do programa de intervenção (pré-intervenção), uma semana após o programa (pós-intervenção) e seis meses após o programa (follow-up). Alguns participantes dos grupos de intervenção participaram em grupos focais para feedback qualitativo sobre o programa.


Na primeira fase da avaliação participaram 125 jovens, enquanto na segunda fase participaram 9 jovens, dos quais a maioria era do sexo feminino e tinha uma média de 13 anos de idade.

Os resultados da primeira fase mostraram:

  • Aumento dos conhecimentos sobre saúde mental após a intervenção;
  • Diminuição da distância social, ansiedade intergrupal e estigma social após a intervenção.

Os resultados da segunda fase revelaram uma satisfação geral com o programa, salientando
o aumento de:

  • Conhecimentos sobre a saúde mental;
  • Competências pessoais e sociais (ex.: comunicação e identificação de emoções);
  • Sensibilidade para o papel da coesão social, solidariedade e apoio comunitário no combate
    ao estigma.


Intervenções semelhantes à do projeto WeARTolerance, que combinam a psicoeducação com atividades criativas podem contribuir para a melhoria das atitudes em relação à saúde mental e a redução do estigma em jovens, o que terá um impacto positivo nas gerações futuras.

 

 Estudo 2 - Atitudes da população em relação à saúde mental

O estudo 2 tem como objetivos:

  1. Explorar os conhecimentos, atitudes e perceções sobre problemas de saúde mental e o estigma associado em crianças, adolescentes e adultos a partir dos 9 anos de idade;
  2. Caracterizar atitudes relacionadas com a discriminação e a ocultação em adultos com problemas de saúde mental;
  3. Descrever a concordância e consciência sobre o estigma em crianças e adolescentes.

Os instrumentos utilizados pretendem avaliar:

  • Dados sociodemográficos: idade, género, escolaridade, problemas de saúde mental presentes ou passados, entre outros;
  • Ocultação pessoal: frequência com que revelaram os problemas de saúde mental a outras pessoas e frequência com que as pessoas sabiam que tinham um problema de saúde mental;
  • Discriminação pessoal e grupal: experiências pessoais de discriminação e perceções de atitudes e comportamentos em relação a pessoas com problemas de saúde mental;
  • Estigma social: concordância com crenças sobre estereótipos, preconceitos e comportamentos discriminatórios e perceção de atitudes estigmatizantes por parte da maioria dos membros da sociedade;
  • Perceções em relação à saúde mental e ao estigma associado.

Atualmente, encontram-se em desenvolvimento trabalhos científicos para análise de dados e disseminação de resultados obtidos com o estudo em diversos grupos-alvo da população portuguesa. 

 

Estudo 3 – Avaliação do impacto das residências artísticas

As residências artísticas consistiram em oito workshops de cariz artístico (teatro, dança, música e literatura) e psicoeducacional ao longo de quatro dias consecutivos, com o apoio da Câmara Municipal de Óbidos e a participação de jovens entre os 12 e os 24 anos de idade.

Atualmente, encontra-se em desenvolvimento um estudo para avaliar o impacto das residências artísticas, tendo-se recolhido os seguintes dados:

  • Sociodemográficos e clínicos: idade, género, escolaridade, problemas de saúde mental, entre outros;
  • Bem-estar: bem-estar físico, bem-estar psicológico, autonomia e relação com os pais, ambiente escolar, apoio social e relacionamentos com os pares;
  • Ajustamento: capacidades e dificuldades emocionais e comportamentais de crianças e adolescentes;
  • Autoestima: orientação positiva e orientação negativa;
  • Qualidade de vida: física (dor, desconforto, energia, fadiga e sono), psicológica (sentimentos positivos e negativos, autoestima, espiritualidade e cognição), relações sociais (relações pessoais, suporte social e atividades sociais) e ambiente (segurança);
  • Flexibilidade psicológica: flexibilidade psicológica de acordo com o modelo ACT;
  • Regulação emocional: uso de duas estratégias de regulação emocional (reavaliação cognitiva e supressão expressiva);
  • Compaixão: engajamento e ações compassivas em adolescentes;
  • Sintomas emocionais negativos: depressão, ansiedade e stress.

Pretende-se a aplicação dos questionários em 3 momentos: uma semana antes das residências (pré-intervenção), uma semana após as residências (pós-intervenção) e seis meses após as residências (follow-up). Adicionalmente, foram aplicados questionários para avaliação da satisfação dos participantes com as atividades desenvolvidas nas residências.

Espera-se que a participação nas residências artísticas tenha contribuído para promover a consciencialização para a saúde mental, o desenvolvimento de competências (e.g., criatividade, autoestima, autoconfiança e relações sociais) e o aumento do bem-estar dos jovens.

Estudo 4  – Avaliação do impacto da visualização de um vídeo psicoeducativo

O vídeo psicoeducativo aborda temas relacionados com problemas de saúde mental, mitos sobre a saúde mental e estigma associado e tem como população-alvo pessoas com 18 ou mais anos de idade.

Atualmente, encontra-se em desenvolvimento um estudo para avaliar o impacto da visualização do vídeo, através da recolha dos seguintes dados:

  • Sociodemográficos e clínicos: idade, género, escolaridade, problemas de saúde mental, entre outros;
  • Literacia em saúde mental: fatores de risco e causas dos problemas de saúde mental, estratégias para a saúde mental e o bem-estar, conhecimento sobre ajuda profissional disponível e acesso a informação sobre saúde mental;
  • Impacto do vídeo: conhecimentos sobre saúde mental, desenvolvimento de competências e desmistificação de mitos sobre saúde mental;
  • Perceção sobre o vídeo: emoções experienciadas, recomendação e mensagens retidas.

Espera-se que o vídeo contribua para a promoção da literacia em saúde mental, o desenvolvimento de competências (e.g., empatia e compaixão) e a diminuição do estigma em relação à saúde mental.

Notícias

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Participação na 3ª edição do evento "Criar Ciência e Fazer Inovação Made in Lusófona"

Na passada terça-feira tivemos a oportunidade de apresentar o Projecto WeARTolerance e os seus primeiros resultados na 3ª edição do evento "Criar Ciência e Fazer Inovação Made in Lusófona".

Foi uma honra partilhar o nosso trabalho ao lado de apresentações, que refletem a excelência da investigação na Universidade Lusófona, com uma comunidade vibrante de investigadores, enriquecendo o debate científico e fortalecendo a rede de colaboração académica.

Agradecemos ao ILind - Instituto Lusófono de Investigação e Desenvolvimento, colegas e participantes por este momento de partilha e inspiração.